Da janela
ela espia
a vida que passa,
o velho,
a criança,
o sol se pôr.
Da janela ela espia
o balanço das folhas,
o tocar do sino,
a baiana do acarajé.
Foto: Lorena Morais |
Da janela ela espia
espia, espia
espia tanto a vida
alheia
que esquece de viver
a vida que é sua.
Sai da janela, Maria!
Para de espiar a vida do zôtro.
Para de espiar a vida do zôtro.
A vida cá fora te
chama.
Vem viver, Maria.
Vem me ver!
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