sábado, 31 de julho de 2010

Carta que nunca te enviei

Carambolas, 19 de março de 1999

Confissão: 

Um dia estava sentada à biblioteca a ler um livro, quando você chegou. O tempo parou  naquele instante. O instante mágico em que as palavras fugiam a minha frente. Não ouvia e nem via mais nada. Só você. Você e a melodia que fazia seu sorriso.


Como por encanto, aproximou-se, sorriu, desejou bom dia e entregou-me um livro. Faz três anos e esse livro ainda continua aqui. Intacto. Na minha estante. Talvez nem saiba o que senti naquele momento. Talvez ache que é coisa de menina e seus amores platônicos.


Mas você ainda está em mim. Vivo, IN-TEN-SO! Como naquela segunda-feira de um mês qualquer em que nossas energias foram trocadas pela primeira vez.

Sem remetente.

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